domingo, 26 de julho de 2020

Como Cultuar A Deusa Inanna?

Bem direta ao ponto, vamos falar sobre os famosos selos cilíndricos muito conhecido e usado no culto a Inanna.

Um selo cilíndrico é um cilindro gravado com uma "história em desenho", usado em tempos antigos para rolar uma impressão numa superfície bidimensional, geralmente argila molhada. Os selos foram bastante usado como amuletos mágicos e formas de pedidos e agrados. 

Eram geralmente deixados no templo da deusa como uma forma de agrado ou como pedido, quando feito como pedido era retratado em desenho o pedido no selo e quando como oferta eram feitos com uma imagem da deusa Inanna.
Este é um bom objeto para usar no seu altar como forma de agrado a deusa.
Não vou aprofundar no assunto como usar o selo cilíndrico para pedidos pois a intenção do post é o adentramento do culto a deusa, portanto devagar...

Para você que quer montar um altar a essa grande deusa é importante a construção de um selo cilíndrico. 

Símbolos de Inanna:

A pomba era muito associada com a deusa Inanna antigamente, muita das vezes os povos antigos acreditavam que a própria deusa tomava a forma de pomba.
Uma estátua de pomba é importante para o altar de que pretende cultua-la.

A estrela de 8 pontas também é um símbolo muito conhecido e usado no culto a Deusa Inanna. Inclusive é usado no sabatt e festival de Inanna.

Portanto, são símbolos indispensáveis pra se ter no seu altar da Deusa. 

Erva usada: O cedro era a erva mais comumente usada no culto a Inanna, era usado pra purificação tanto da divindade tanto de quem prestava culto. Rosas vermelhas também eram oferecidas.

Oferendas: Cerveja preta ou clara, mais preferencialmente preta, vinho tinto, mel, queijo de todo tipo, bolo de mel assado.
Maçã, trigo, grãos, romã, hidromel.

Jarro santo: O jarro santo era um jarro com Água Lustral onde as pessoas se banhavam antes de honrar a deusa.

Bacia de pedra branca: Era a bacia onde ficava o sabão também usado para se banhar antes de contatar a Deusa.

Óleo de cedro: Usado para purificação.

Vestido branco sumério:  Vestes usada para o culto da Deusa. (indispensável) 

Zimbro: Queimado para defumação.

Dia de culto: Sexta feira.

Dia da deusa: 02 de Janeiro 


Água Lustral: Este é um ritual simples de consagração, apenas para purificar o objeto e oferecê-lo em serviço devocional. 
Pra você que quer erguer um altar á está divindade é importante a preparação. Além de que pra consagrar os materiais do altar, realize esta pequena cerimônia. Ela pode ser feita desde assim que o objeto for adquirido até imediatamente antes da ocasião em que será utilizado.

Material necessário: Sal (de preferência do mar), água, incenso, vela, raminho ou algo semelhante (para tornar a água lustral e para aspersão) e objetos cerimoniais a serem consagrados. 

 Procedimentos

 Prepare o altar com o material necessário e as imagens/símbolos de Inanna.  Tenha as ferramentas a serem consagradas em cima ou perto do altar. Acenda e consagre a vela a Inanna com óleo de cedro. (Isto se faz recitando uma oração a Inanna com a mão sobre a chama.  Transforme a água em água lustral,  (Isto se faz com um ramo aceso na chama da vela consagrada, que é encostado na água ao se dizer "Que esta água seja purificada pelo fogo sagrado’.) Para cada ferramenta a ser consagrada, faça o seguinte:  Erga a ferramenta, saúda a deidade do altar (Salve Inanna) e diga a prece: “Convido a Vós Inanna Deusa dos ofícios! Dedico e consagro este (nome do instrumento) a Vós. Se alguma vez cumpri meus votos e agradei Vosso coração, limpai agora este (nome do instrumento) de toda a mancha e toda a corrupção. Purifique-o para meu uso e Vosso serviço.” ) Medite na ferramenta, sua história, construção, propósito, como chegou às suas mãos, sua pretensão para ela; concentre-se no processo do que está sendo purificado neste ritual. ) Salpique-o com sal (representando a Terra). Borrife-lhe água lustral (representando a Água).  Passe-a pela fumaça do incenso (representando o Ar).  Passe-a pela chama da vela, ou pelo calor acima da chama (representando o Fogo). Segure a ferramenta no alto, aponte para ela com o polegar e indicador unidos e diga: “Eu te encarrego pelos poderes das deusas e deuses, pelo sol, lua e estrelas, pelo fogo, água, terra e ar, para servir a Deusa Inanna através de mim. Eu te consagro  (Assim seja!)” Após consagrar todos os objetos, agradeça a deusa e encerre o ritual.


Consagração do novo altar

Um espaço sagrado pode ter vários nomes. Antigamente, o "templo" era a casa da imagem de culto da deidade e o " lugar de adoração. A cerimônia em que essa pessoa aceita a responsabilidade de cuidar de um "templo" (ou espaço sagrado) é chamada de instalação ou consagração. Para isso, ela precisa preparar o espaço ritual, usar uma roupa limpa, trazer presente para a Deusa, uma oferta de sacrifício e os implementos usuais. Na noite anterior ao ritual, é bom que haja um banho de purificação com cedro, pedindo aos seres de luz que consiga se manter pura . Se possível, use água de uma fonte, como faziam os antigos. No dia seguinte, pela manhã ou tarde, faz-se o ritual de purificação tradicional, banindo o mal e o profano, e então faz-se uma prece como esta: “Este espaço sagrado foi criado para o culto a  Inanna. Que eu possa cuidá-lo, defendê-lo, protegê-lo, e esteja preparado/a para mantê-lo puro e sacro pelo tempo que os Destinos permitirem. Sob os olhos de Inanna trago estes presentes a ela.. Que ela me possam ser favorável  enquanto eu manter este espaço a ela dedicado, e que possa me guiar pela prática correta que realizarei nele. Em troca, procurarei sempre fazer-lhes ofertas, sejam elas simples como uma fruta ou grandiosas como uma estátua.” Em seguida, os presente a Inqnna são entregues, há ofertas de cevada, preces, libações, e pode-se consultar um oráculo pedindo a  Inanna que lhe dê algum conselho sobre o que será feito nesse novo espaço de culto. Ao final de tudo, pode-se realizar um banquete, com os alimentos.

Lembre se de ter uma rotina de culto nos dias da deusa afim de criar intimidade e honra-la. Agradeço a Leitura.



DEUSA INANNA


Inanna é uma deusa da Mesopotâmia antiga associada com amor, beleza, sexo, desejo, fertilidade, guerra, justiça e poder político. Ela foi originalmente adorado em Sumer e mais tarde foi adorado pelos acádios , babilônios e assírios sob o nome de Ishtar . Ela era conhecida como a " Rainha do Céu " e era a deusa padroeira da Eanna templo na cidade de Uruk , que era o seu principal centro de culto. Ela foi associada com o planeta Vênus e seus símbolos mais proeminentes incluíram o leão ea estrela de oito pontas . Seu marido era o deus Dumuzid (mais tarde conhecido como Tamuz) e seu sukkal , ou assistente pessoal, era a deusa Ninshubur (que mais tarde se tornou a divindade masculina Papsukkal ).

Inanna era adorado na Suméria , pelo menos, tão cedo quanto o período Uruk ( c. 4000 aC - . C 3100 aC), mas ela teve pouco culto antes da conquista de Sargão de Akkad . Durante a era pós-Sargonic, ela se tornou uma das divindades mais amplamente venerado no panteão sumério, com templos em toda a Mesopotâmia . O culto de Inanna-Ishtar, que pode ter sido associado com uma variedade de ritos sexuais, incluindo homossexuais travestis sacerdotes e prostituição sagrada , foi continuado pelo leste semitas pessoas -Falando que sucederam os sumérios na região. Ela foi especialmente amado pelos assírios, que elevou-à tornar-se a maior divindade em seu panteão, ficando acima do seu próprio deus nacional Ashur . Inanna-Ishtar é mencionado na Bíblia hebraica e ela influenciou muito a fenícia deusa Astarte , que mais tarde influenciou o desenvolvimento da deusa grega Afrodite . Seu culto continuou a florescer até o seu declínio gradual entre o primeiro e sexto séculos AD na sequência do cristianismo , embora sobreviveu em partes da Alta Mesopotâmia tão tarde quanto o século XVIII.A Deusa Inanna era filha do Deus Nannar ou Nanna, neta do Deus Enlil, irmã gêmea de Utu, sobrinha do Deus Enki e Ninmah. Seu nascimento se deu na terra, quando os deuses anunas já haviam se estabelecido, portanto é uma anuna-ki, de descendência terrena. Era conhecida por andar semi nua e promover eventos sexuais em praça pública. Tinha um gosto peculiar por assassinar os cabeças preta, povo sumério, e até desenvolver maturidade, custou em conquistar a confiança dos Deuses Enki e Enlil. Inanna pretendia casar-se com um agricultor e sonhava em desenvolver grandes cidades com ele. Mas foi durante a fuga dos deuses que se protegeram contra o dilúvio, que a deusa conheceu melhor seu parente Damuzid, filho de seu tio Enki.

De volta aos reinos que haviam abandonado antes do dilúvio, o Deus Damuzid investiu diversas vezes na conquista pelo coração de Inanna, até que um dia ela cedeu e os dois formaram um casal apaixonado. Damuzid e Inanna, agora faziam parte do clã da lua, pertencente ao Deus Enlil, e se estabeleceram na região mesopotâmica, distante do clã do sol que se estabelecia na África. A intenção dos clãs, Sol-Enki e Lua-Enlil, era fazer com que se unissem com o casamento de seu filho e neta, para que herdassem as casas de luz no Egito. As casas de luz, era como chamavam as pirâmides. Inanna então, desenvolveu um plano para promover status e grandeza à Kemit/Egito e não fez nenhum segredo disso. Os sonhos e desejos de Inanna provocaram a inveja de seu primo e cunhado Marduk. O irmão de Damuzi, Marduk, era um rei muito poderoso, protetor e desenvolvedor das terras de seu pai no Egito, e senhor de muitas cidades. Ele desejava manter a jurisdição local e não pretendia dividir o Egito com o clã da lua e seu irmão Damuzid. Numa tentativa de evitar o casamento de seu irmão com a Deusa Inanna, criou um  plano para condená-lo por estupro. Convenceu uma de suas irmãs a se deitar com ele, e depois acusa-lo pelo crime. Conforme o planejado, a irmã de Damuzid o convenceu a se deitar com ela antes do casamento, mas não o condenaria. No entanto, no dia em que os irmãos se deitaram, Marduk estava aguardando para prendê-lo, e não esperou que a irmã o acusasse. Logo pela manhã, os guardas estavam a sua procura. À procura de Damuzid. Foram até a sua irmã, o encontraram, e o prenderam.

Damuzid havia tido um sonho premonitório. No sonho ele seria morto por demônios. Sua irmã o avisou do mal presságio e jurou que não o acusaria, mas Marduk já o havia feito. Então Damuzid recorreu a seu primo e futuro cunhado Utu. Lhe pediu que o ajudasse a fugir da prisão e permitisse que corresse o mais rápido para bem longe, até que tudo fosse esclarecido. Utu permitiu a fuga de seu amigo. Mas Damuzid não foi muito longe. Mais tarde, souberam que durante a fuga ele havia caído no mar, Damuzid morreu afogado. 

Quando Inanna soube do acontecido, saiu em busca de seu noivo pelos campos. Andou por todas as cidades e arredores em busca dele, até que uma mosca veio ter com ela. A mosca lhe disse que sabia onde o seu amado estava. Lhe contou que seu filho pastava as vacas quando viu Damuzid pela última vez. Mas queria algo em troca e Inanna lhe prometeu uma vida melhor em troca da informação. A mosca então, revelou o local da queda de seu amado. Desolada Inanna correu atrás do corpo de seu noivo e o encontrou onde a mosca lhe havia indicado. A Deusa cumpriu o que lhe havia prometido. Todo o reino caiu em desolação. Mas Inanna não perdoaria Marduk. Ela se vingaria dele pela morte de seu amor.

Depois da morte de Damuzid, mais de um canto, ou Bal-abe, foram feitos sobre este terrível acontecimento. Em um destes Inanna é quem cria a trama para que Damuzid se deite com a própria irmã, mas Marduk descobre e lhe faz outra proposta. Num dos cantos em que Inanna desce ao submundo ela vai até o E-Kur, casa de seu tio Enki, ela o embebeda e lhe rouba os poderes divinos além do carro do céu, para ir atrás de Damuzid no submundo.

Ao chegar aos portões de Gazer, sua irmã Erekigala a recebe com receio e cólera, pois teme a sua visita. Ela acredita que Inana deseje o seu trono. Então Inanna é despojada de sua vestes enquanto atravessa os sete portões do inferno, o lugar de não retorno. Assim que está completamente desnuda e sem qualquer um de seus mecanismos de defesa, ao invés de render-se, o que ela faz é assentar-se no trono da rainha Erekigala, reivindicando-o. Os anunas não aceitam tamanha afronta, a julgam e a condenam com 60 doenças perniciosas.

Mas seu ministro, o ministro fiel de santa Inanna, havia recebido instruções para que recorresse aos deuses em seu favor. Antes de Inana se aprontar para descer ao submundo, sabiamente recomendou a seu ministro que a ajudasse visitando os deuses para o seu benefício. Mas somente o Deus Enki é capaz de socorre-la, somente o deus bondoso Enki pode salvá-la. Então ele cria Asu- Shu-Namir uma entidade travesti e envia ao submundo para salvar sua sobrinha.

Ao chegar lá Asu-Shu-Namir pede para Erekigala a deixar ver a taça da água vida, e quando Asu-Shu-Namir põe a mão na taça da água da vida "acidentalmente" respinga a água em Inanna que instantaneamente cura ela de todas as 60 doenças e assim as duas fogem das garras de Erekigala. 

Erekigala furiosa lança uma maldição sobre Asu-Shu-Namir fazendo com que ela e todas as pessoas travestis vivessem a margem da sociedade para sempre. Essa é origem das Gallas, uma classe de sacerdotisas sumérias, andrógenos, trans, travestis e Intersexo. As sacerdotisas e sacerdotes de Inanna realizavam rituais em honra a Deusa, os pedidos mais comuns a esta Deusa era amor, fertilidade, a benção no casamento, a prosperidade.

O sexo era sagrado pra Inanna e era uma fonte de força pra se conectar a Deusa, existia um ritual anual onde o Rei se dirigia até o templo de Inanna e tinha relações com a Alta Sacerdotisa de Inanna afim de trazer prosperidade para sua terra.

A deusa suméria Inanna se tornou Ishtar em acádio, Nut, Hator e Ísis em egípcio, Brandwen em galês, Eostre em ânglo saxão, Afrodite e Atena em grego, Vênus em roma. É a deusa Perséfone que surge do submundo na primavera europeia e também a deusa que deu nome à Pascoa em inglês.

INANNA, a grande Deusa que ousou explorar o reino da morte. Simboliza a morte e o renascimento. Aquela que desvenda os segredos do submundo. Como qualquer iniciada, ela se rende corajosamente ao próprio sacrifício, para ganhar nova força e conhecimento. Como a semente que morre para renascer, a Deusa se submete. Sozinha e na escuridão, Inanna decompõe-se. Mas nem tudo está perdido, esta experiência e a aceitação de sua vulnerabilidade, a descoberta da necessidade do sacrifício e da morte para que os ciclos da vida se perpetuem, aumentam o poder de Inanna, assim como sua compreensão e beleza. Inanna oferece-se em sacrifício, testemunha a morte das forças férteis e traz a si mesma como semente. E de sua imolação voluntária depende a continuidade da criação. A ideia fundamental é de que a vida só pode nascer do sacrifício de outra vida. No ciclo de Inanna há a criação, a reprodução e a destruição. A força da Deusa reside na capacidade de desistir daquilo que há de mais precioso, a fim de garantir crescimento e regeneração, a transformação só pode ocorrer quando atitudes e valores antigos são substituídos por novos. A submissão à escuridão, à sombra, a aceitação dos aspectos negativos de "anima" e "animus", o lado afetivo e instintivo à natureza, e a assimilação do inconsciente no sentido de integração da personalidade, são algumas das expressões mais significativas que caracterizam o início decisivo do desenvolvimento psíquico do homem moderno. Inanna chega até nós para dizer que uma jornada até o inferno é o caminho para a totalidade. Como Inanna devemos desafiar nossa sombra, abraçar o submundo e tentar desvendar seus mais secretos segredos. É necessário conhecer todos os aspectos de si mesma(o), tanto os bons quantos os ruins para se conquistar a totalidade.

Salve Inanna! ❤️

O QUE É BRUXARIA TRADICIONAL?

Sinto me honrada em contribuir com esta coluna sobre Bruxaria Tradicional aqui no blog “cantinho da bruxaria”  e é com humild...